O nascimento: momento tão esperado
- Carla Pretto
- 6 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Passamos nove meses nos preparando para a chegada da nossa baby.
Desde a descoberta da gravidez eu deixei bem claro que queria parto normal, ou pelo menos queria esperar a bolsa estourar e definir se poderia ter parto normal ou teria que fazer cesárea.
Então fiz tudo o que a literatura diz que auxilia o parto:
Atividade física: a gestante que quer parto normal precisa fazer exercícios físicos específicos que fortaleçam o períneo. Fiquei os três primeiros meses parada devido ao descolamento, mas depois fiz exercícios físicos diários até completar 36 semanas.
Preparo psicológico: estar certa do que você quer e imaginar como você quer que aconteça é muito importante. Pra mim fez toda a diferença. Todas as noites imaginava como seria o parto. Pedia que tudo transcorresse bem e que fosse um momento especial.
Só que esse momento não foi apenas especial foi fantástico, inesquecível, o momento mais lindo e importante da minha vida.

No dia 30/07/17 acordei às 6h com contrações, como já as vinha sentindo desde às 36 semanas de gestação e como não havia rompido a bolsa não me preocupei. Fui ao banheiro e voltei pra cama, só que não consegui dormir as contrações se intensificaram e ritmaram.
Às 7h30 levantei, acordei meu marido e comecei a registrar o tempo de duração da contração e o intervalo entre uma e outra. Já estava tendo contrações de 30s com intervalo de 3min.
Meu obstetra já havia me preparado para esse momento. Me explicou que mesmo sem a bolsa estourar podemos entrar em trabalho de parto e quando as contrações estivessem com intervalo de 5min era hora de ir para o hospital.
Então tomei um café, lavei a louça, troquei de roupa enquanto meu marido pegava as malas e tudo o que era preciso para irmos para a maternidade.
Chegamos no hospital às 8h30 até fazermos os papeis e me chamarem para ser examinada acho que levou uns 20min. Quando o médico plantonista me examinou eu já estava com 7 dedos de dilatação. Então me encaminhou para a sala de observação onde fiz soro com antibiótico por causa do exame positivo de estreptococos.
As contrações se intensificaram e a enfermeira me deu uma bola de pilates. O que me aliviou muito a dor foi fazer os exercícios na bola, quase nem sentia mais as contrações. Acho que fiquei uns 10 minutos na bola, ai senti uma cólica e pedi para ir ao banheiro, pois achava que iria fazer cocô.
Quando sentei no vazo e fiz uma forcinha percebi que não era cocô, levantei rápido e olhei pra baixo. A cabeça da Isadora já estava visível. Gritei para a enfermeira, segurei a cabecinha e logo a Isadora nasceu. Posso dizer que eu mesma fiz meu parto. Levei minha pequena pro meu peito enquanto a equipe médica chegava para prosseguir o parto. Não deu tempo do meu marido entrar e ver nossa filha nascendo.
Aqueles segundos que pude ficar com ela nos meus braços foram mágicos. Ela deitada no meu peito me olhando é uma sena que jamais esquecerei. Tenho certeza de que naquele momento nasceu a “mãe”.
Tudo o que eu imaginava para esse momento aconteceu de uma forma muito melhor. Jamais pensei que eu mesma puxaria minha filha para fora e poderia segura-la nos meus braços antes de qualquer outra pessoa.
Hoje eu posso dizer: Mamães tenham parto normal é MARAVILHOSO.
Comments